O Rivoli encheu para receber os The Gift. Um espectáculo que aposta forte na cor e com uma produção como poucos conseguem realizar por cá. "AM-FM", o último disco, marcou praticamente todo o concerto, com raras incursões em temas mais antigos como "Film" ou "Question of Love".Sónia Tavares está cada vez mais forte em palco e sinal disso mesmo é o facto da banda estar praticamente sozinha em palco, apenas com um baterista como convidado. Sinais do tempo... sinais de amadurecimento. Sinal de que a aposta num espectáculo rico tem também o objectivo de cativar novos públicos em Portugal e no estrangeiro.
No Porto, a audiência rendeu-se à força e energia da banda de Alcobaça.
As cordas e os metais foram substituídos por máquinas, muitos botões que Nuno Gonçalves tentava controlar "live", saltando de teclado para teclado. Um acordeão deu ainda um toque de requinte nalguns dos temas. Enquanto isso, os restantes músicos mantinham o balanço das músicas perante uma Sónia Tavares bastante comunicativa, a interagir muito bem com o público e sempre em movimento.
A audiência entusiástica aproveitou para dançar e as cadeiras da frente estavam praticamente ocupadas pelo grupo de fãs da banda: o GIS. De resto, o espectáculo vale mesmo a pena e os temas do último álbum são excelentes. Os The Gift têm cada vez mais uma marca própria.
Jorge Oliveira
in divergencias.com - 2004-12
