Tuesday, June 24, 2008

The Gift :: Miguel Ribeiro

















revista ÚNICA, Expresso - nº1851 - 19 Abril 2008

Grande agradecimento a alexpop pelo envio do artigo.

The Gift :: TV

Rapidinho com Sónia Tavares (The Gift)



Video de destaktv

The Gift :: Concerto com OML

Dois estilos distintos formaram uma simbiose única e deslumbrante
The Gift e Orquestra de Lisboa em concerto memorável


Muita expectativa no início do espectáculo. Os The Gift subiam ao palco acompanhados pela Orquestra Metropolitana de Lisboa. Quem acharia possível um som pop/electrónico/alternativo misturar-se com os acordes afinados de uma Orquestra? Pouca gente com certeza, mas esse foi, claramente um estímulo para os dois conjuntos musicais que se apresentaram bastante confiantes e desinibidos em palco.
O Centro Cultural de Vila Flor, em Guimarães, foi o palco para este concerto organizado pela Caixa Geral de Depósitos, no âmbito da celebração do 132º aniversário da entidade bancária. O grande auditório estava completamente esgotado e composto por uma plateia que ia “dos oito aos 80”.
Baixam as luzes, sobem ao palco os artistas. “How the end… Always end”, tema do primeiro álbum de mercado dos Gift - Vinyl - abriu um espectáculo com contornos únicos.
Sónia Tavares, a voz da banda de Alcobaça, nas suas primeiras palavras dirigidas ao público fez questão de ressalvar que o momento “parece sério, mas estamos aqui apenas para nos divertirmos”. Sónia frisou ainda a cooperação com a Orquestra Metropolitana de Lisboa neste projecto, classificando-o como “o concretizar de um sonho da banda”. “Será que não vos podemos trazer para todos os concertos no bolso?”, questionou a vocalista o maestro da Orquestra, Pedro Neves, numa clara mostra de cumplicidade entre os dois conjuntos.
Quando o concerto já ia a meio, eis que se soltam os acordes da música que, neste momento, é a “cara” dos Gift. “Fácil de Entender”, numa versão intimista fez relembrar os tempos em que a banda entoava, de forma tímida, uma das suas poucas composições cantadas em português. Apenas acompanhada ao piano por Nuno Gonçalves, “o maestro da banda” Sónia deslumbrou a atenta plateia. O silêncio instalou-se na sala e só terminou com um efusivo aplauso dos presentes. Seguiu-se um grande “hit” dos Gift, talvez a música que os lançou em Portugal. “Ok! Do you want something simple?” acordou a plateia, ainda enfeitiçada pela música anterior. Esta versão foi tocada com uma alegria contagiante tanto pela parte dos Gift, como pela Orquestra que até fez questão de gritar, bem alto, “Ok” durante a música. Uma simbiose única, perfeita e inimaginável…
Pouco depois, o momento da noite. “645”, o mais recente single da banda de Alcobaça, foi tocado, ao som das palmas e alegria que vinha da exigente plateia. Um momento que os Gift quiseram ver repetido, num segundo encore, já depois de se aventurarem numa música de David Bowie. A satisfação da banda pelo espectáculo levou Sónia a pedir para “se divertirem” neste último momento. O apelo foi levado à letra, e tal qual uma mola, o Centro Cultural de Vila Flor “levantou-se” para cantar, dançar e bater palmas ao som do novo single. O resto é da exclusiva responsabilidade dos Gift…
Terminou, desta forma, uma noite memorável ao som de dois dos conjuntos mais talentosos no nosso país. “Uma iniciativa só à altura dos predestinados” comentava-se nos bastidores. Uma noite, sem dúvida, a recordar.

Daniel Vieira da Silva - in Jornal Académico da Universidade do Minho

The Gift :: Concerto com OML

The Gift no Coliseu dos Recreios: Fácil de orquestrar

Reunião feliz entre os The Gift e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, num concerto de entrada gratuita, para um Coliseu lotadíssimo, e que comprovou os intuitos actuais dos quatro de Alcobaça: engrandecer os temas pop, sofisticar a sonoridade, pese embora, não raras vezes, o complicómetro tenha sido ligado em demasia.

Eram para cima de quatro dezenas os acompanhantes em palco dos The Gift na noite de ontem, pese embora, como bem afirmou Sónia Tavares, a banda sempre se habituou a transportar, digitalmente, «uma orquestra de bolso».
A banda assumiu a noite de ontem como um sonho concretizado. O projecto partiu da Caixa Geral de Depósitos, e marca, segundo Nuno Gonçalves afirmou à imprensa, «o que os The Gift são no momento».

Coube ao compositor dos The Gift tratar de todos os arranjos para a noite de ontem, noite essa que se repete hoje, em Guimarães, e Domingo, em Évora. A ideia de levar a «música dos Gift a patamares mais nobres» foi atingida. O público, quase todo de faixa etária consideravelmente adulta, acolheu com entusiasmo as faixas mais conhecidas: «Fácil de Entender», versão piano e voz, a velhinha «Ok!», bem revista, «Music», uma das faixas que menos mudanças sofreu.

Por vezes, sentiu-se um complicar em demasia de fórmulas que, a maior parte dos casos, resultam melhor num registo mais simples. Contudo, para os fãs de sempre, ouvir «Weekend» (lindíssima, já em encore) ou «Butterfly» compensou largamente o complicómetro por vezes activo. Isto são os Gift agora, mas fica o desejo: venha rápido um novo de originais, uma nova fase, novas canções.

Pedro Figueiredo - in diariodigital -11/04/08

The Gift :: TV

MUSICALL - OESTE TV
The Gift: santos da casa fazem milagres - 2008-03-15 12:51h

Os The Gift deram um concerto na antiga biblioteca dos monges de cister, no mosteiro, para assinalar a eleição do monumento, com uma das 7 Maravilhas de Portugal.
Nuno Gonçalves, compositor da banda, falou à Oeste TV da "inspiração diária" que é o mosteiro e da aventura espanhola dos The Gift: este ano, oitenta por cento dos concertos vão ter lugar por terras de "nuestros hermanos"

Ver a reportagem da Oeste TV aqui.

The Gift :: Concerto alcobaça

span style="font-weight:bold;">Comemoração das “7 Maravilhas de Portugal”
The Gift e Fernanda Fragateiro iluminaram o Mosteiro de Alcobaça



Na sequência da eleição “7 Maravilhas de Portugal”, no qual o Mosteiro de Alcobaça foi um dos escolhidos, a EDP convidou 7 grupos musicais e 7 artistas plásticos para se associarem ao evento comemorando essa eleição com os seus trabalhos. O dia 7 de Março foi a data agendada para o Mosteiro de Alcobaça, cabendo a performance artística à artista plástica Fernanda Fragateiro e o concerto aos “The Gift”, uma vez mais de regresso a casa. A próxima celebração terá como convidado o mágico Luís de Matos, que volta a Alcobaça, no dia 6 de Julho, à noite, para a realização da tão aguardada “Maior Metamorfose de Todos os Tempos”.
Como apoiante do património da cultura e dos valores nacionais, a EDP assumiu o compromisso com os municípios vencedores de que, após a eleição, os monumentos escolhidos seriam beneficiários de um projecto de dinamização cultural. Nesse sentido, a EDP convidou 7 artistas plásticos para fazerem 7 intervenções artísticas nas 7 maravilhas portuguesas, e 7 músicos nacionais para inaugurarem as intervenções.

Pela primeira vez desde 2002, quando se realizou um espectáculo do Cistermúsica, a antiga Biblioteca dos Monges de Cister abriu as portas para receber um concerto. Sem cadeiras na sala, por opção da organização, o público ocupou quase totalmente a sala, que contou com um mini-bar numa das extremidades, a funcionar durante o concerto. Ricardo Braga, “o quinto elemento dos Gift” voltou a estar presente num concerto, ao lado da habitual formação de metais que acompanha a banda. Sónia Tavares, Nuno Gonçalves, John Gonçalves e Miguel Ribeiro abriram o espectáculo com How de End, sucedendo-se o “hit” Fácil de entender e Actress, My Lovely Mirror, Wallpaper, Me, Myself and I, The Difference Between Us, Front of, Are you near, Butterfly e Blue Heart plus Cure.

Já perto da meia-noite, o público animou com o êxito Ok! Do you want something simple?, do album Vinyl, seguindo-se Music, Pure e In repeat. No primeiro encore, 645 e Driving You Slow voltaram a animar o público e deixaram água na boca nos fãs. O público, sempre fiel à banda de Alcobaça, pediu e os músicos, de partida para Espanha, regressaram ao palco para dois derradeiros temas: Question of love e So free.

Mario Lopes - in TintaFresca - Edição Nº 89 - 22 de Março 2008

The Gift :: Facil de Entender

The Gift no programa "Sexta a Noite" da RTP
14 de Março de 2008


The Gift :: Concerto com OML

The Gift com Orquestra Metropolitana de Lisboa



in Sic Noticias

The Gift :: Concerto alcobaça

A música dos The Gift num lugar inesperado para os fãs de sempre

Na noite do passado sábado, os The Gift inscreveram uma nova dimensão na monumentalidade do Mosteiro de Alcobaça. Nas entranhas de um espaço desde sempre reservado ao silêncio, gravaram um registo de modernidade. Não foi a primeira vez que a banda actuou no Mosteiro - em 1995 montaram palco no claustro e em 2001 na fachada principal, lugares há muito acessíveis aos mais diversos géneros musicais. Já a Biblioteca, miolo do edifício, é espaço reservado a que poucos têm acesso. Pela primeira vez, a sala foi aberta para um espectáculo a que os indefectíveis fãs do grupo não quiseram faltar. O espaço tem capacidade para mil pessoas. Não encheu, mas não foi preciso, a avaliar pela cumplicidade entre a banda e a plateia.

De pé, a maior parte apenas lobrigando o que se passava no palco, os fãs ligaram-se pelo fio do som. Logo na segunda música cantavam em uníssono com Sónia Tavares; sem necessidade de artifícios cénicos, as coisas correm ao sabor das músicas. Talvez por instinto - deduz-se pela surpresa de Sónia à pergunta no final do concerto - a imagem angélica da vocalista, criada pela camisa branca com folhos, projectava-se no palco como se quisesse criar um retábulo. "Não foi pensado!", respondia Nuno Gonçalves, explicando: "Quise- mos valer pela música, 60% das luzes estavam fora do palco e em termos de estética, está já sincronizada." Sónia socorre-se do número de concertos, "já são 300", para responder à sincronia que se pode detectar. "E rodeamo-nos dos melhores profissionais", remata.

Na noite de sábado estavam literalmente em casa e a banda sabia que ia ser assim. "Temos que piscar o olho às pessoas que estão há muito connosco", explicava Nuno, dizendo que, por isso, "preparámos um alinhamento especial com músicas que já não tocávamos há muito tempo e dificilmente fazíamos fora de Alcobaça".

Banda e fãs, todos perceberam a opção. O tom geral à saída era de quem recebeu aquilo a que havia adquirido à entrada: duas horas de música que já conhecia, até tem nos discos lá em casa, mas que pretendia ouvir ao vivo, num espaço inesperado.

Para lá chegar, o caminho é labiríntico - sem surpresas num edifício com mais de oito séculos. Imprevisto só se fosse o som, mas era esse o interesse das centenas de pessoas que seguiam como se avançassem por um trilho que os levava a um lugar de culto que rapidamente queriam alcançar. Juntaram-se num espaço por onde circularam, ao longo de décadas, os mendigos que o regime de Salazar arrancou das ruas de Lisboa para esconder a pobreza nacional.

Ontem, a banda retomava os concertos em Espanha, com espectáculo em Alicante. Mas vai ficar por lá mais uns meses e, em Julho, no dia 6, actua em Bilbau - "quase como cabeça de cartaz", orgulha-se Nuno, num festival para 60 mil pessoas.

JACINTA ROMÃO
in Diario de Noticias - 10/03/2008

The Gift :: Entrevista Sonia Tavares

Caminho das Estrelas: Sónia Tavares
O meu pai vê todos os meus concertos

Sónia Tavares, a vocalista dos The Gift recorda a infância em Alcobaça e fala da carreira do grupo.

Vi um comentário que dizia que a sua voz parece a do Tim Booth. Gosta da sua voz?
A cantar sim mas a falar não. Pareço aquela actriz da série ‘Nany’ que dizia “Hello, Mr.Sheffield’ (risos).

Tem preocupação em trabalhar a voz para que lhe soe de forma diferente?
Não. Durante algum tempo tive algumas aulas de técnica e respiração mas nunca fiz trabalho para a modificar.

Disse uma vez que não tem cuidados. Nunca ficou afónica num concerto?
Não. O que acontece às vezes a meio dos concertos, porque estou cansada ou porque há muito fumo, é pedir ao Nuno (mentor e instrumentista da banda) que tire uma ou duas músicas porque já não aguento mais.

Tem sido difícil fazer a vida quase permanentemente com três homens?
Não, porque nos conhecemos muito bem. Eles já sabem como me pôr chateada ou a sorrir. O que às vezes acontece é sentir-me sozinha, não por estar entre homens mas porque quando acaba um concerto eles podem ir sair e eu não porque no dia seguinte temos novo espectáculo. Em Nova Iorque quase chorei porque tive que ir para o hotel.

Numa banda mista não há o risco de os sentimentos se misturarem?
Acredito que sim mas no nosso caso não, até porque quando começámos éramos muito miúdos. Crescemos juntos e cada um teve sempre espaço para ter os seus namorados e as suas vidas. Ainda hoje a minha vida privada não se mistura com os Gift. Sempre nos vimos como uma família e prezamos isso. A mãe do John e do Nuno considera-me a irmãzinha que eles nunca tiveram.

E tem sido fácil manter a amizade no trabalho?
Sim, porque eles são todos boas pessoas.

Mas nunca se zangaram?
Já (risos) mas cinco minutos depois volta a estar tudo bem. Não há rancores quando se tem um objectivo em comum.

Cresceu em Alcobaça. Que memórias guarda da infância?
Foi um bocado solitária porque não tenho irmãos. Tinha apenas uma prima que de vez em quando ia brincar comigo. Onde me divertia mais era na escola.

Disse uma vez que em Alcobaça os jovens ou formam uma banda, ou se dedicam ao desporto, ou caem nas drogas. A sua relação com a música é conhecida. Como foi a sua relação com o desporto e com as drogas?
Não tive e por isso me dediquei à música (risos). Eu disse aquilo de forma metafórica. Há quem não escolha a droga, a música ou o desporto e viva feliz na mesma. Mas Alcobaça, de facto, tinha muito pouco para oferecer. Havia a banda filarmónica, onde podíamos aprender música, havia um clube de natação, ténis e hóquei, e depois havia cinema sábado à noite ou domingo à tarde, mas que só passava filmes dois meses depois de terem sido exibidos em Lisboa. As companhias de dança iam lá uma vez por ano e pronto.

E porque é que vos deu para a música?
Precisamente por haver pouca oferta, acho que nos agarrávamos mais às coisas. Se havia um concerto de dois em dois meses nós lá íamos ver, fosse do que fosse. Fomo-nos agarrando muito à vontade de ter uma banda, embora eu tenha caído um bocado de pára-quedas.

Como foi?
Foi o Miguel, que era o meu companheiro de tetris, que um dia me levou aos ensaios de uma banda da qual já fazia parte o Nuno, que, por sua vez, andava à procura de algo diferente e de alguém para cantar. Nesse dia, o Nuno virou-se para mim e disse-me: ‘E que tal tu?!”. E lá fui muito a medo. Foi assim que começou.

Foi fácil dar a volta a esse receio?
Sim, foi só começar. O mais engraçado é que eu não sabia sequer que conseguia construir letras ou melodias e fui eu que escrevi a nossa primeira música.

Como é que os seus pais vivem a sua carreira?
Desde o início estiveram sempre comigo. O meu pai vai a todos os meus concertos. Pega no seu carro e vai e vem sozinho, seja em Faro ou em Bragança.

E é muito crítico?
Só quando as coisas correm bem.

E houve algum concerto que vos tivesse corrido mal?
Lembro-me de um concerto na Nazaré em que o gerador era o motor de uma traineira que foi abaixo umas cem vezes. Há também um concerto, que demos na Festa do ‘Avante!’, em que ficámos sem som perante milhares de pessoas e tivemos que acabar o concerto a cantar com palminhas. Mas talvez a noite mais estranha que tivemos até hoje foi um concerto que demos no interior do Alentejo em que as pessoas saíram todas à rua com os seus fatos de lantejoulas.

Diz que é uma pessoa bem humorada. O que é que a tira do sério?
Teimar com o Nuno tira-me do sério (risos) mas pior é chegar a um hotel em Espanha e perceber que a casa de banho dá para todos os quartos. Não dormir tira-me do sério.

Diz que não tem caprichos. Todos temos. Pense lá bem?
(risos) Não sei!... O meu único capricho talvez seja dormir. Eu preciso de dormir senão não consigo cantar. Dêem-me uma cama. Quando chego a um hotel eu digo logo: “Não quero vista. Quero um quarto no fundo do corredor, pode ser o pior, mas aonde não vão as senhoras da limpeza, essas assassinas de aspirador.” (risos).

Chegou a estudar Antropologia?
Sim, mas fiquei pelo último ano.

Hoje seria antropóloga?
Não sei. Não penso nisso. Penso, sim, no que vou fazer quando isto tudo acabar.

E o que será?
Não sei (risos). Eu acho que não sei fazer mais nada. Estive há pouco tempo a dar voz para desenhos animados mas não posso vir a fazer disso vida.

"NUNCA QUIS SEGUIR A SOLO"
Considerada uma das melhores vozes nacionais, Sónia Tavares garante que nunca pensou seguir a solo. “Isso nunca me passou pela cabeça. Não quero seguir sozinha. É o Nuno que faz as músicas que eu gosto de cantar, é o John que direcciona as coisas para que tudo dê certo e é o Miguel que me conta piadas quando estou mal humorada.”

ÁLBUM DE MEMÓRIAS
Nascida a 11 de Março de 1977, na Nazaré, “porque em Alcobaça não havia maternidade”, Sónia Tavares entrou para os The Gift em 1994. O seu grande sonho é conhecer o Egipto.

in Vidas - Correio da Manha - 09/02/2008

The Gift :: Facil de Entender

Mariana Bragança e Helena Farinha representam colégio das Caldas em festival de canção

O dueto formado por Mariana Bragança e Helena Farinha venceu o concurso realizado no Colégio Rainha D. Leonor, no passado dia 23, que se destinava a apurar a representação daquela escola no Festival da Canção do grupo GPS.
Ao contrário do que aconteceu em edições anteriores, desta vez apenas foi escolhido um representante do colégio, independentemente da idade. As duas vencedoras não cabiam em si de tanta felicidade por terem conseguido ganhar. “Não estávamos à espera porque havia muito bons concorrentes”, comentaram.
Mariana e Helena deram mesmo alguns autógrafos aos seus colegas, recolhendo muitos aplausos das centenas de alunos que assistiram ao concurso de apuramento. Esta foi a primeira vez que as duas subiram a um palco para cantarem perante tanta gente e estavam muito nervosas.
O concurso contou com uma participação especial no júri, da vocalista da banda de Alcobaça, The Gift, Sónia Tavares, que é amiga de infância de uma das professoras envolvidas neste evento.
A artista contou que ficou surpreendida pela qualidade das interpretações e pelo facto dos jovens “levarem estas coisas tão a sério”.
Só aos 17 anos, quando os Gift se formaram, é que descobriu que sabia cantar bem. Antes disso nunca tinha tido nenhuma experiência vocal nesta área, embora fosse flautista num grupo de música de câmara. Curiosamente foi a partir de um concurso realizado num bar em Alcobaça que os Gift começaram a estar na ribalta do mundo da música.
Os Gift estão agora a apostar em fazer concertos em Espanha, onde lançaram recentemente o seu último álbum. No entanto, vão continuando também a actuar em Portugal. No Colégio Rainha D. Leonor era óbvio o sucesso que o grupo tem junto dos mais jovens, tendo em conta o tempo que Sónia Tavares esteve a dar autógrafos e a pousar para fotografias com os seus fãs.


Pedro Antunes in Gazeta da Caldas - 1 de Fevereiro 2008

The Gift :: Espanha

Três noites de festa em Madrid reforçam o sucesso dos The Gift

O êxito do grupo em Espanha obrigou a um concerto extra
O rapaz na primeira fila estremecia o corpo e erguia os braços. Sabia as letras, saltava, estava feliz, e atrás dele toda uma sala se levantava das cadeiras, ocupava o corredor, aproximava--se dos The Gift que, no palco, eram muito mais que executores de música - eram parte da mesma festa. Não se tratava de um concerto, era uma dessas noites que poderia durar toda a noite. Mais tarde, o rapaz, que vive nos Pirenéus e desceu o país para vir ao concerto, diria com o orgulho de quem descobriu algo precioso: "Vi-os pela primeira vez em 1998, éramos 20 pessoas numa sala." Em Madrid, quase dez anos depois, os The Gift esgotaram duas noites no Teatro do Circulo de Bellas Artes, com cerca de 500 lugares, e tiveram de fazer um espectáculo extra, na noite de sábado.

Numa entrevista a um jornal espanhol, Nuno Gonçalves afirmou que preferia tocar para 30 pessoas novas, que para 300 que já o conhecessem. Esse carácter temerário nota-se no percurso internacional da banda, que em 2007 fez mais de 50 concertos fora de fronteiras, em cidades como Nova Iorque ou Londres. Quando se está numa sala de concertos, esgotada, em Madrid, e se percebe como as pessoas, sejam espanhóis ou franceses, reconhecem os primeiros acordes de um tema, reagindo fisica e emocionalmente, faz pouco sentido o debate: cantar em português ou inglês? No caso que seja esta a autêntica internacionalização - tocar as pessoas ultrapassando as limitações de idioma ou de uma nacionalidade -, então os The Gift podem dar a volta ao mundo.

Os três concertos na capital espanhola têm como base o último disco, Fácil de Entender. Seguindo o conceito do álbum, o espectáculo tem uma primeira parte com temas mais tranquilos, que funcionam no espaço de um teatro como fucionariam num clandestino bar de jazz. Os elementos masculinos da banda apresentam-se de roupa negra. Sónia Tavares tem uma pluma no cabelo e, preso na elegância do vestido, um coração de filigranas negras. No final da primeira música, os músicos, de pé, ficam em contra-luz, e passam a ser estilizadas silhuetas negras, como numa banda desenhada de Frank Miller. O concerto tem um intervalo. No regresso, começa a festa. Os The Gift reaparecem com outra roupa, tudo é mais luminoso e agitado, como se numa festa privada entre o público e a banda.

Por tudo isto, uma das espectadoras, Maria, brasileira, comenta que o espectáculo é conceptual - uma palavra bastante atribuída ao grupo. Maria tem razão, mas a forma como ela mesma dança, sensual, revela que os The Gift são mais do que um conceito. Isso e a forma como Sónia Tavares interpreta a excelência das composições musicais. É algo mais que técnica. Por vezes, mostra-se física, dura, e depois delicada, tocando um piano miniatura cor-de-rosa; ou suavemente provocante, como se fosse a personagem feminina de um policial noir.

No final de tudo, Nuno e John Gonçalves não precisavam de falar para dizer que tudo tinha corrido bem. Ouviam elogios e falavam da caravana ao próximo Europeu de futebol. Os irmãos discutiam futebol com Zé Diogo Quintela, dos Gato Fedorento, que viajara de Lisboa para o concerto. O futebol e a música. Os preconceituosos talvez duvidem desta coexistência mas, para Nuno, música e futebol têm algo em comum - a intensidade que parece pôr em tudo o que faz.

Nas noites de fim-de-semana, a capital espanhola é uma enorme cidade, com demasiadas pessoas na rua, para que possa ser conquistada. Mas naquele teatro, cheio de espanhóis de bra- ços ao alto, os The Gift assombraram aquela que diz ser a capital europeia da festa.

HUGO GONÇALVES, Madrid - Diario de Noticias - 20 de Janeiro de 2008

Friday, December 14, 2007

The Gift :: Entrevista Sonia Tavares

“Sem os Gift não sei se continuaria a cantar”, Sónia Tavares

Dez anos depois de terem começado, os The Gift preparam-se agora para conquistar de vez o mercado internacional. Espanha é a primeira aposta, mal termine a digressão portuguesa no final do ano. Sónia Tavares aceitou o convite e esteve na nossa redacção.

Rosa10 – Os The Gift estão neste momento empenhados em conquistar o mercado Espanhol.
Sónia Tavares – Sim, decidimos alargar definitivamente os horizontes e apostar numa digressão em Espanha, depois de terminarmos esta, em Portugal, no final do ano.

Porquê Espanha?
Porque está mais perto, porque até podemos fazer os concertos e voltar logo de seguida para casa. Para além disso, o mercado espanhol pode abrir portas para outros mercados, como os da América do Sul e do Brasil, onde também já andámos.

Já deram muitos concertos lá fora. Há agora uma nova estratégia?
Estamos mais crescidos e sabemos melhor como as coisas funcionam. E já sabemos o que não queremos. Aliámo-nos também a uma produtora, a EMI, para nos ajudar na promoção dos nossos projectos no estrangeiro. Acho que era este apoio que nos faltava.

Desde o início que sentiram que tinham potencial para uma carreira internacional?
Sim, desde sempre pensámos que a nossa música poderia conquistar público em outros países e que eles poderiam apreciá-la da mesma forma que os portugueses fazem. Com base nesse pensamento, realizámos uma série de digressões, nomeadamente nos Estados Unidos e em Espanha. Só que chegámos à conclusão que marcar concertos e mostramo-nos, é fácil, o difícil é fazer com que as pessoas fixem o nome The Gift e escolham os nossos discos nas prateleiras em que existem milhares de discos pop.

É essa a grande dificuldade das bandas portuguesas…
Em França, quando digo que sou portuguesa, torcem logo o nariz. Se fossemos americanos ou ingleses era muito mais fácil entrar em qualquer mercado. Há que encarar as coisas de forma natural, afinal a vida não foi feita para ser fácil e é por isso que continuamos a desafiar as nossas próprias leis enquanto pessoas com capacidade de trabalhar.

Como correu a digressão nacional?
Correu muito bem. Estamos com uma digressão muito bem organizada, os concertos têm estado lotados, estamos num grande momento.

Fizeram há pouco a primeira parte do concerto dos Pet Shop Boys, em Espanha. Sei que é uma fã incondicional…
Sim, eles são uma das minhas bandas de eleição de sempre. Quando eles vieram a Portugal não tive oportunidade de os ver, mas felizmente tivemos a oportunidade de sermos convidados para fazer a primeira parte do concerto deles no festival “Green Space”.

Como correu?
Foi um espectáculo maravilhoso. Eles receberam-nos muito bem e foram muito simpáticos. Assistiram a uma parte do nosso concerto e acho que gostaram. Esperámos até ao final do concerto para lhes pedir um autógrafo.

Fez-lhes alguma pergunta em especial?
Não, simplesmente disse-lhes que os adorava e que a primeira cassete em inglês que ouvi quando era pequena, foi a deles.



“Não vendemos mais discos nem fizemos mais concertos por causa do prémio da MTV”

Quando ganharam o prémio MTV para melhor banda portuguesa, em 2005, acharam que isso iria alterar a vossa vida?
Não, porque nós somos pessoas informadas e com os pés bem assentes na terra e sabemos perfeitamente que este prémio é votado por pessoas, o que só veio confirmar para nós, que os nossos fãs estão sempre prontos a nos apoiar quando precisamos deles. Foram eles que nos elegeram e mais ninguém.

Mas não aumentou o número de vendas?
Não, vamos ser realistas, não vendemos mais discos e nem fizemos mais concertos por isso. Foi um momento único, porque foi em Lisboa. Recebemos o prémio no nosso país, teve alguma visibilidade, mas teria sido melhor se tivéssemos actuado.

“Habituámo-nos a escrever em inglês, mas isso não significa que não gostamos de cantar em português, ao contrário daquilo que as pessoas pensam”.

Porque optaram por cantar sempre em inglês?
Quando iniciámos a banda, tínhamos entre os 15 e 16 anos, fomos influenciados pela música pop inglesa e os grupos que existiam e com os quais nos identificávamos cantavam todos em inglês, por isso habituámo-nos a escrever em inglês. Mas, isso não significa que não gostamos de cantar em português, ao contrário daquilo que as pessoas pensam.

Até porque têm entrado em vários projectos em português…
Pois, cantámos com o Rodrigo Leão e com os GNR e já fizemos alguns trabalhos para teatro, em que as letras foram sempre em português. Estas experiências foram sempre óptimas, o que significa que cantar em português não é algo que nos afronte.

Como surgiu “Fácil de entender”?
Esta música surgiu porque a nossa criatividade e inspiração o permitiu na altura. Quando produzimos não nos prendemos e regemos por regras, as coisas surgem naturalmente. Quando temos uma música com uma boa letra e melodia, por que não fazê-la, e foi o caso de “Fácil de Entender”.

Já estão a preparar o próximo álbum?
Ainda não. Temos algumas músicas novas, como a música que escrevemos para o disco “Lisboa”, em que participam Rodrigo Leão e o Rui Reininho, mas que não serão necessariamente incluídas no novo álbum.

Mas têm mantido alguma regularidade na produção dos vossos trabalhos.
Podemos demorar um bocadinho mais, ou porque estamos em concertos ou a trabalhar em algum musical, neste caso mais o Nuno. Tenho que admitir que sem ele as coisas não avançam. Fazer um bom trabalho é preciso sentar, pensar, ver o que queremos fazer com algumas músicas, criar um conceito, saber qual a melhor abordagem. Como não temos uma editora a pressionar permite-nos estar mais relaxados para trabalhar.

Como decorre o processo de criação das vossas músicas?
Normalmente é quase sempre o Nuno que surge com uma ideia, com uma melodia simples, passando de seguida para mim, para eu acrescentar a voz e uma letra, outras vezes é ele que faz tudo.

Como é o vosso dia-a-dia?
Muito agitado, pois não somos só artistas, fazemos todo o outro trabalho que está por trás deste mundo, quer de logística, quer técnico, ou mesmo ainda de relações públicas. Somos nós que coordenamos e fazemos a divulgação da banda junto dos organizadores dos festivais, tanto em Portugal, como no estrangeiro. Em relação ao resto da banda, posso admitir que sou a mais privilegiada, porque fico apenas com duas tarefas: dar entrevistas e fazer a gestão do nosso Website.

“Não sou a Madonna nem tenciono ser”

Vocês optaram por uma imagem diferente, um estilo muito próprio.
Quando iniciámos a nossa carreira éramos muito novos e, por esse motivo tentámos vestirmo-nos de forma diferente, de modo a que as pessoas nos respeitassem e nos levassem a sério. Depois, esta estética começou a acompanhar-nos em todos os nossos concertos. Se somos perfeccionistas nas nossas músicas, por que não passar isso também para a imagem?

Mas nesse aspecto a Sónia consegue destacar-se mais….
Gostos de coisas diferentes, principalmente para que as pessoas não identifiquem com algo que já existe. Como sou grande apreciadora das novas tendências e das ideias dos novos criadores de moda, tentei sempre trabalhar com eles. Neste momento estou com os Story Tailors, mas, o Dino Alves é um amigo a quem recorro algumas vezes.

Sente-se uma mulher privilegiada por fazer aquilo que gosta?
Sinto-me feliz e realizada. Apesar de não ser muito católica, agradeço todos os dias a Deus por aquilo que tenho. Mas não me posso esquecer dos meus colegas, foram eles que me permitiram estar no mundo da música. Somos uma verdadeira família.

E os pais, sempre apoiaram?
Eles sempre me apoiaram. O meu pai vai a todos os nossos concertos em Portugal, ele já faz parte da equipa. A minha mãe é diferente, é mais terra a terra, jamais se aventuraria a ir a um concerto connosco.

A vossa “casa” é Alcobaça e nunca se esquecem disso.
Alcobaça é a cidade onde somos mais apreciados. As pessoas conhecem-me desde pequena e os meus amigos mantêm-se os mesmos. E continuam a tratar-nos como sempre fizeram, não de maneira diferente por agora sermos conhecidos.

Em Lisboa, como é o seu contacto com o público?
Surgem situações em que as pessoas me reconhecem e por isso felicitam-me ou pedem-me para autografar CD´s. Encaro isso como algo positivo, mas é algo pontual, estou descansada. Não sou a Madonna nem tenciono ser.

“Sem os Gift não sei se continuaria a cantar”

Como “segura” a exposição da sua vida privada?
Tenho tido sorte, acho que a minha vida, enquanto Sónia Tavares não interessa a ninguém que leia revistas cor-de-rosa. As pessoas conhecem-me, enquanto cantora dos Gift, quanto ao resto, o meu público-alvo não se interessa pela minha vida privada. Isso é muito bom, porque odeio que tirem fotos às escondidas ou façam comentários completamente desajustados.

A música trouxe-lhe muita riqueza?
Não sou rica, mas também não quero ser, pois aquilo que tenho é suficiente para não me privar de nada.

O que faz nos tempos livres?
Adoro séries, chego a casa e devoro episódios. Não perco os do CSI e agora ando a ver os antigos do Hitchcock. E decidi inscrever-me na Academia de Amadores do Chiado, onde vou aprender sapateado!

Alguma vez foi desafiada para cantar a solo?
Não, para já não, mas também não me vejo a fazê-lo, não faz sentido. Espero que continue assim, com os meus três colegas, porque juntos fizemos com que isto tudo acontecesse e fosse possível. Sem os Gift não sei se continuaria a cantar.




Perguntas Rosa10

Qual foi a sua melhor recordação de infância?
O dia em que aprendi a andar de bicicleta com o meu pai.

Qual é a sua essência?
Honestidade.

Qual foi o maior elogio que lhe fizeram?
Foi o vocalista dos Divine Comedy, quando me disse que eu era uma cantora formidável.

Tem algum ídolo ou modelo que a inspire?
Não tenho.

O que pensa do homem e da mulher portuguesa?
Na minha geração, acho que são pessoas com ávida vontade de estar à altura dos outros países europeus.

Qual foi até hoje a sua maior oportunidade?
Uma das maiores oportunidades que os Gift tiveram, mas tivemos de recusar, foi quando o Moby se mostrou interessado em trabalhar connosco. Nós, por uma questão de prioridades e dinheiro – porque tínhamos investido tudo na produção do disco “Film” – tivemos de recusar para promover o nosso trabalho.

Como vê o seu futuro?
Vejo-me com os Gift. Daqui a dez anos, por exemplo, terei 40, e provavelmente só não conseguirei estar aos pulos durante uma hora e meia de concerto (risos)

Se fosse jornalista do Rosa10, quem gostaria de entrevistar e porquê?
Gostaria de entrevistar o David Bowie, nem que fosse só para o conhecer.

Qual é a pergunta que nunca lhe fizeram e que gostava de ter respondido?
Já me perguntaram de tudo.

Entrevista de ANA PEDRO - Fotos ROSA10 e DR - in Rosa10 - 26 Novembro 2007

The Gift :: Espanha

"EM ESPANHA É MAIS FÁCIL PROMOVER A BANDA”

É um dos grupos mais mediáticos do país. Alcobaça é a sua casa e, apesar de querer outros voos, não pretende arrancar as raízes que a ligam às terras de Cister. Sónia Tavares dá voz pelos The Gift numa entrevista a’O Portomosense. Afirma o desejo de internacionalização e vê a Espanha como um bom alvo para o início de grandes projectos lá fora.

Portomosense: Os The Gift alcançaram o sucesso nacional, no entanto continuam muito ligados a Alcobaça. Esta ligação reflecte-se na música?
Sónia Tavares: Eu acho que se não fossemos de Alcobaça, muito possivelmente, a nossa música não soaria assim. Nascemos numa cidade pequena, em que as actividades culturais e os concertos não eram assim tantos. Por esta cidade ser como é envolvemo-nos muito no que fazemos.

P: O vosso grupo possui uma editora própria. Quais as vantagens?
ST: A maior vantagem é fazer aquilo que realmente queremos e sem estar a olhar a meios.
Algumas editoras que fazem a gestão da carreira de vários artistas, por vezes, acabam por descuidar aqueles que já não estão nos tops. No nosso caso temos a vantagem de poder trabalhar 24 horas por dia na promoção do nosso trabalho e carreira

P: Depois do sucesso em Portugal, querem agora apostar no mercado espanhol?
ST: Sim, há já algum tempo que damos concertos em Espanha e agora, com o apoio de uma editora como a EMI e a imprensa espanhola com boas críticas sobre nós, creio que é meio caminho andado para chegar ao público. Fizemos alguns concertos de apresentação do “Fácil de Entender”, em Madrid e Barcelona, e as salas estiveram cheias. Ainda este mês arrancamos com uma digressão.

P: Estão confiantes num mercado difícil como é o espanhol?
ST: Apesar da música espanhola e tradicional ser eleita para passar em maior percentagem nas rádios acho que as pessoas não são preconceituosas em relação ao que vem de fora. O público é atento e conhecedor das tendências musicais que se fazem no mundo inteiro e temos que saber aproveitar isso.

P: Foi essa receptividade que vos fez apostar em Espanha?
ST: Público receptivo há em todo o lado, mas como Espanha está já aqui ao lado e é um mercado muito maior, é natural que a nossa estratégia de divulgação do grupo passe por lá.

P: O que pensam os The Gift da pirataria informática ?
ST: Os The Gift consideram a pirataria um crime. Penso que não devemos ver a Internet como uma inimiga, mas sim como um meio de divulgação. Se, de facto, há pessoas que fazem “download“ das nossas músicas, esperamos que tenham bom senso para depois nos compensarem com a compra de t-shirts e idas aos concertos. A forma como os The Gift fazem discos já foi pensada para que as pessoas vejam neles um trabalho que queiram ter em casa. Gostamos de fazer CD’s com imagens inéditas e que pareçam obras de arte. Eu, se aprecio uma banda, gosto de ter os seus CD’s em casa e dou valor a quem teve aquele trabalho criativo por nós.

Luísa Patrício in O Portomosense - 18-Out-2007

Saturday, December 08, 2007

The Gift :: Digital Atmosphere



excerto de imprensa in "A Voz de Alcobaça" 31/07/1995

Artigo encontrado aqui

The Gift :: Am Fm







in Blitz - 19 de Julho de 2005

The Gift :: Howie B











in Blitz -3 de Julho de 2001

The Gift :: Sonia Tavares





in DNA- Suplemento do Diario de Noticias - 17 de Agosto de 2002

The Gift :: Joy Division

Conversas
Nuno Gonçalves, The Gift e Clinic
The Gift tocam Joy Division


Há uma (ou duas) noite(s) mágica(s) no bar Clinic, em Alcobaça, neste fim-de-semana. Hoje, a partir da meia-noite, The Gift dão um concerto só com músicas dos Joy Division. Bilhetes: dez euros. Reservas: 262 598 549.

O que vai acontecer logo à noite no Clinic?
Vamos pôr em prática um género de amor que temos há muitos anos com a banda de Manchester. E é também levar ao extremo a ideia de há uns anos, a propósito do lançamento do filme “24 hour party people”, em que formámos o projecto Manchester Mad Remixers que tocava diversas músicas, algumas dos Joy Division. Agora, um dia depois do lançamento oficial de “Control”, o filme de Anton Corbijn dedicado aos Joy Division, decidimos fazer um concerto - que também vai contar com a colaboração do Pedro Oliveira, da Sétima Legião - que será um momento único, embora a afluência elevada possa fazer com seja repetido sábado [amanhã].

O que vão tocar os Gift?
Vai ser uma hora de concerto. Mas não posso desvendar muita coisa... Apenas que o alinhamento será só Joy Division!

Como é tocarem músicas de uma banda que vos diz tanto?
É muito bom. Não temos a pressão de serem músicas nossas, nem ser um disco novo. É um “happenning” entre amigos onde estamos a divertirmo-nos. Enquanto músicos, é sempre interessante participar em projectos que nos afastam da rotina de banda. E, para o Clinic, é mais uma oportunidade de fazer coisas novas, na linha de modernidade, inovação e um estilo de vida que dura há cinco anos.

Já viu “Control”?
Vi uma “antíssima”-estreia, há quatro semanas. Foi o prémio que me deram por ser um pouco o responsável por Portugal ter sido o primeiro país a comprar o filme. É um filme muito bom, uma história de amor, que mostra o homem por trás do poeta.

In Região de Leiria - 16-11-2007

The Gift :: Facil de Entender





The Gift :: Espanha

The Gift em entrevista em Madrid com Liliana de AXN

The Gift :: Facil de Entender









in Diario Insular - 8 de Julho de 2007

The Gift :: Vodafone SoundClash

Vodafone Soundclash no Atlântico: Brava dança

Último grande evento do Verão 2007 ou primeira mostra criativa da nova temporada? Festival, concerto repartido ou montra publicitária com música acoplada? Muitas questões de maior ou menos relevância foram levantadas com este Vodafone Soundclash, ficando no ar uma certeza: esteve-se bem no Pavilhão Atlântico na passada sexta-feira.

A curiosidade maior deste Vodafone Soundclash residia nos «confrontos» entre bandas que se iriam verificar. A estrutura consistia em dois palcos diametralmente opostos mas que se uniam a meio do Pavilhão Atlântico, acabando esta ligação por ser a ponte não só entre palcos mas também entre os concertos do evento.
A noite iniciou cedo, com as escolhas em modo DJ do radialista Henrique Amaro. Escolhas lusas, obviamente: não só pelo trajecto do profissional da Antena 3 mas também, quiçá sobretudo, por todo um conceito da marca Vodafone de aposta em mostrar o que se faz musicalmente em terras lusas.

O rapper Boss AC foi o primeiro real agitador de massas. Com ele veio Gutto, num tema, e uma mão cheia de canções que agradaram às sensivelmente cinco mil pessoas presentes no espaço. Se dantes rimava contra a maré, na verdade os tempos presentes são de ondulação favorável para as manobras de AC. O didgeridoo foi o instrumento que ligou os Blasted Mechanism ao rapper, tendo os autores do recente «Sound in Light» dado, como seria de esperar, um concerto plenamente satisfatório. Se, por um lado, a capacidade de surpreender parece cada vez menor, não deixa de ser menos exacta a certeza de uma cada vez maior sofisticação e segurança na táctica de Karkov e comparsas. Ou como a defesa é, por vezes, o melhor ataque.

Seguiram-se os The Gift, no seu melhor concerto por terras lisboetas em algum tempo. Tocaram «In Repeat», tema incluído na compilação «Lisboa», e foi essa a maior - e melhor - novidade do seu concerto. Tema longo, em crescendo, com muito mais poder de fogo nas suas entrelinhas que um primeiro vislumbre não descortina convenientemente. Convocaram, no final, Rui Reininho para cantar com Sónia Tavares o sucesso «Fácil de Entender», gesto retribuído pela vocalista dos The Gift no arranque do espectáculo dos GNR.

«Quero que vá tudo pró Inferno» nem sequer é um original dos GNR mas na verdade parece ter relançado a banda em termos mediáticos e de airplay radiofónico. Nas camadas jovens especialmente (atente-se que aproximadamente 80% da massa do Vodafone Soundclash andava nas casas dos sub-21) a versão de Roberto Carlos pode muito bem ser a porta de entrada num legado não raras vezes de imenso valor. A pose de Rui Reininho continua lá, e a experiência e sabedoria dos GNR fez o resto. Bom concerto.

Término na festa Sounclash com um set da dupla Dezperados, aqui em modo plenamente nacional. Foram o final de festa acertado para os resistentes, tendo oferecido aos presentes um momento raro no trajecto da dupla, uma noite de gira-disquismo feita inteiramente de música lusa. Convenceram e seria no mínimo interessante a repetição da experiência.

Nota final de apreço para a organização: não é qualquer zona VIP que apresenta um menu tão recheado com iguarias como leitão ou o cada vez mais in sushi. Não só por isso mas também, que o Vodafone Soundclash se repita mais vezes.

Pedro Figueiredo - in diariodigital -09-09-2007

The Gift :: Espanha

The Gift en Barcelona
Seguimiento a The Gift durante la presentación de "facil de entender" en la sala Apolo de Barcelona. (more)



Canal: R.T.P.internacional - Programa: Europa Contacto

The Gift :: Espanha

Presente Ibérico



Espanha é um país de fronteiras musicais difíceis de cruzar e para onde Portugal só tem conseguido exportar Fado e a chamada world music - onde cabe pouco mais que Madredeus e Rodrigo Leão. Os The Gift são a excepção que confirma a regra. Pela primeira vez uma banda Pop portuguesa saltou a fronteira e lançou um álbum em Espanha com o apoio de uma grande etiqueta. "Fácil de Entender" está à venda em toda a Península Ibérica desde o passado mês de Maio.

Terça-feira, oito da manhã. O aeroporto de Lisboa é o ponto de partida para quatro dias de intensa promoção, com dois concertos decisivos em Espanha e um, pelo meio, em Portugal. O ponto de partida para aquilo que a banda definiu como prioridade total: a conquista do mercado espanhol.

Barcelona é a primeira paragem. Depois de dois dias de entrevistas com a imprensa espanhola, na quarta-feira o concerto na capital da Catalunha permite respirar de alívio. Numa sala com capacidade para mil pessoas, oitocentas pagam para ver "The Gift". No final, há quem destaque a originalidade da banda e quem se assuma rendido à voz de Sónia Tavares.

Quinta-feira, seis e meia da manhã. Aeroporto de Barcelona. Poucas horas depois do concerto, poucas horas de sono, a banda regressa a Lisboa para uma actuação no primeiro aniversário do casino da capital, numa noite em que o maior presente é para eles. Um disco de platina, pela venda de 20 mil cópias do álbum "Fácil de Entender".

Sexta-feira, oito e meia da manhã. Aeroporto de Lisboa. Poucas horas depois do concerto do casino, poucas horas de sono, os "The Gift" embarcam na última etapa de uma viagem que acaba com lotação esgotada. Madrid paga bilhete para ver os "The Gift" numa sala com capacidade para mil e quatrocentas pessoas. Três encores depois, há quem garanta que os "The Gift" são "a melhor banda do mundo".

Durante quatroi dias, a Reportagem SIC acompanhou o lançamento, em Espanha, de uma banda que o diário espanhol "El Mundo" classificou este ano como o melhor grupo português. Uma banda composta por quatro amigos e dois irmãos que deu os primeiros acordes há 13 anos, em Alcobaça. Uma banda que decidiu, há meia dúzia de anos, que "o presente tinha de passar por Espanha".

"Presente Ibérico" é a Reportagem SIC deste domingo, para ver depois do Jornal da Noite.

Susana André -Jornalista
in sic.pt

The Gift :: Imprensa

MÚSICOS DESAFIAM PODER DE EDITORAS
Indústria anuncia transformações a curto prazo
A música distribuída através de canais inovadores é já um marco de 2007, ano que anuncia a maior queda de vendas de sempre na história da música gravada. Paul McCartney ou Prince servem de exemplo, vendendo música em cafés espalhados pelo mundo ou aproveitando a tiragem de milhões de exemplares de um dos maiores jornais do Reino Unido. Quando as maiores editoras discográficas revêem catálogos e equacionam políticas, os músicos procuram novos caminhos.

Explorar os fenómenos
Os Mesa foram um dos nomes recentemente dispensados pela divisão portuguesa da EMI (juntamente com Sérgio Godinho, Souls of Fire ou Jacinta), que agora depende da EMI Ibérica. João Pedro Coimbra, músico e compositor da banda, descreve um mercado "perdido": "Mesmos os artistas consagrados não são respeitados, como o Sérgio Godinho. É inevitável procurar novas formas para mostrar a música." Sobre o futuro dos Mesa, mostra-se seguro: "Temos os meios necessários para fazer um álbum. E, de qualquer forma, uma multinacional não garante tudo."
João Pedro Coimbra fala-nos do MySpace e da Internet como cartão de apresentação. Ao mesmo tempo, lança rasgados elogios à distribuição digital de música, lembrando que "em Portugal ainda é um mercado por explorar. Abrange realidades distintas, dos álbuns aos toques de telemóvel. As editoras chegam tarde a estes fenómenos mas há quem não espere", avisa.

Faça você mesmo
Há muito que os The Gift se decidiram pela edição dos seus próprios discos. John Gonçalves, um dos elementos do grupo, deixa o alerta: "Este mercado está a desaparecer e desejam-se novas ideias." Recorda que os The Gift procuraram antecipar-se a estas transformações, "controlando todas as etapas da vida de um disco".
A banda continua a acreditar no álbum como objecto de apreço, mas sabe que as novas gerações constroem a sua relação com a música em volta do MP3. "O disco tem que marcar o início de algo mais relevante, os concertos." Com as actuações ao vivo como ponto de partida, John Gonçalves recorda que o percurso deve passar pelo investimento no merchandising e pela venda de discos "no local": "Muitas das bandas que assinam por multinacionais acabam por não vender muitos discos. Podem vender tantos ou mais, com menos dependência de uma estrutura tão forte, à porta dos concertos e a um preço bem mais reduzido."
O músico recorda ainda que "os The Gift foram inovadores em Portugal quando começaram a gravar os concertos e a vendê-los após o seu final". Lembra que a Internet é o meio "mais imediato e fácil" para vender música, mas existem métodos por explorar. "E porque não vender discos através de quiosques, dos milhares espalhados pelo país? É uma questão de estudar possibilidades."


LONGA VIDA AOS DISCOS DE VINIL

Clássico. Apesar de se tratar de um formato dado como morto, é peça cada vez mais procurada
Com o CD em declínio contínuo nas vendas de música, o vinil é o suporte que tem ganho crescente destaque. Muitos são os artistas que decidem editar primeiro em vinil, ou até utilizando apenas esse meio, esquecendo por completo o disco de laser.
Reflexo óbvio desta política é a cada vez maior preocupação das lojas de discos em manter, actualizar e tornar cada vez maiores as secções destinadas ao vinil. Isto nas lojas de discos usados e de coleccionadores, naturalmente mais vocacionadas para este tipo de edições, mas também nas grandes cadeias, como a Fnac ou a Virgin, que se mostram preocupadas em explorar um segmento de mercado que, aparentemente, não mostra sinais de fraqueza.
No ano passado, 80% dos singles dos Raconteurs vendidos no Reino Unido correspondiam a discos de vinil. Mas as contas abrangem também os LP, com nomes como os Arctic Monkeys ou os White Stripes entre os mais agradecidos ao formato. Entre nós, e mais recentemente, os Dead Combo lançaram uma edição limitada do seu novo registo, Guitars From Nothing, apenas em vinil.
Certo é que esta é uma realidade notada sobretudo no universo independente e alternativo, mas comprova que, afinal, o vinil não morreu.

A REVOLUÇÃO TRANSMITIDA ATRAVÉS DA INTERNET
'Online'. O serviço My Space transformou-se na mais importante montra de nova música
É um dos agentes responsáveis por uma das maiores revoluções no seio da indústria discográfica. A ferramenta que contribui decisivamente para despertar um sentido "faça você mesmo" através da Internet. O MySpace (em www.myspace.com) é constantemente referido quando o assunto envolve as palavras "música" e "online" e assim deverá permanecer nos próximos tempos.
Começou como uma das muitas redes sociais da Internet, onde cada utilizador cria a sua página e aí partilha o que bem entender com quem esteja interessado. Entre os registados surgiram músicos e bandas que viram no MySpace uma extraordinária janela através da qual a divulgação da sua obra se faria de forma bem mais simples.
Clap Your Hands Say Yeah e os Arctic Monkeys tornaram-se símbolos dessa nova vontade, colocando canções online, à distância de um simples clique. Rapidamente os concertos de bandas como estas estavam repletos, com fãs que entoavam refrões ainda sem terem editado discos. Estava instalada a revolução.
O MySpace criaria um canal especialmente dedicado a este tipo de utilizadores, o MySpace Music, que hoje tem convidados especiais para elaborar playlists e pequenos programas ao estilo radiofónico - a mais recente estrela a participar no processo foi Ozzy Osbourne.

As receitas publicitárias do My Space são cada vez maiores. A música é de tal forma alimento para o serviço que em breve será possível adquirir canções através daquele espaço. A EMI, por exemplo, já chegou a acordo com o MySpace para que os seus artistas possam vender música através daquela plataforma. A próxima etapa do MySpace é a criação de um serviço semelhante ao YouTube, com vídeos online.

O TELEMÓVEL COMO PLATAFORMA LUCRATIVA
Vendas. Os downloads de realtones têm cada vez mais peso nas receitas das editoras
Com o suporte físico em queda, é o download de ficheiros da Internet que vai marcando pontos. Através das lojas digitais (da iTunes à OD2), com os leitores de MP3 portáteis como al- vo preferencial, mas também atra- vés do meio que mais relevância tem ganho nos últimos tempos: o telemóvel.
Com o aparecimento dos sons polifónicos, há alguns anos, o interesse pelos toques telefónicos aumentou exponecialmente. Com as inovações técnicas a surgir nos aparelhos, os toques polifónicos transformaram-se em toques reais, os realtones ou truetones. Música em formatos tão populares como o MP3 ou o AAC, armazenada na memória dos telefones (cada vez maior), que é também utilizada para assinalar uma chamada ou uma mensagem escrita. Se em alguns mercados permanecem dúvidas quanto à inclusão destes downloads nas listas de vendas, a verdae é que as editoras confiam cada vez mais nos realtones na hora de prever lucros. Para a Warner Music, por exemplo, esta fatia de mercado representou mais de 35 milhões de euros de lucro em 2006.

TIAGO PEREIRA
in Diario de Noticias - 23/07/04

The Gift :: Entrevista

THE GIFT EM ENTREVISTA
Espanha aguarda pelos The Gift


O novo tema dos The Gift – In Repeat – acaba de ser estreado, num concerto, em Alcobaça, onde participaram também os X-Wife, Loto, Gomo, The Room 74 e Slimmy. A banda portuguesa é já uma referência no panorama musical português, e desde a sua constituição, em 1994 tem somado sucessos e aumentado o seu número de fãs. O tema In Repeat foi composto para uma colectânea sobre a cidade de Lisboa. O convite foi endereçado aos The Gift por Rodrigo Leão, também presente com um original nessa mesma colectânea. O tema foi composto em Alcobaça, gravado e produzido em dois dias apenas. O conceito sonoro é uma clara homenagem aos universos 80 de dança muito presente em clubes de Lisboa como o Frágil.
Este mês, Sónia Tavares, vocalista dos The Gift, falou ao Ensino Magazine e explicou como o Fácil de Entender Tour está a ser um sucesso em Portugal. De caminho anunciou uma tournée em Espanha, já a partir de Setembro.

Os The Gift estão a realizar mais uma tournée pelo país, denominada Fácil de Entender Tour. O feed back do público tem sido o esperado?
Sim, os concertos têm estado sempre cheios. Nós queremos fazer das festas em que participamos uma verdadeira festa da música e o público está a gostar. Numa primeira fase actuámos em auditórios com capacidade para 500 pessoas e depois alargámos os espectáculos a outro tipo de concertos, como festas de verão e de estudantes. Tem sido óptimo!

Este tour contempla muitas actuações durante o verão?
Até Setembro vamos continuar a tocar, e depois vamos arrancar para Espanha, onde o nosso disco também está à venda. Iremos realizar vários concertos no país vizinho e ainda não sabemos qual o tempo que irá durar essa tounée espanhola.

Têm actuado em vários países, já começaram a ter resultados desses vossos concertos?
Sim, sobretudo em Espanha, temos tido um feed back positivo em termos de vendas. Apostámos em Espanha pois as pessoas entendem a nossa língua e o trabalho está a ser bem acolhido. Fizemos dessa internacionalização uma aposta forte com a EMI. Espero que continue a dar mais frutos.

O facto de terem a vossa própria editora, é uma mais valia?
Em Portugal sim, pois permite-nos ter a liberdade de fazer tudo sozinhos e apresentar espectáculos como o que fizemos em Proença-a-Nova, por exemplo. No estrangeiro é mais complicado e aí temos que encontrar parceiros com a força necessária para chegarmos ao público certo. Foi o que aconteceu em Espanha, com a EMI.

Já é possível fazer um balanço em termos de vendas do último disco?
Foi muito bem acolhido. Saiu antes do Natal o que terá contribuído para as vendas. Mas não faz sentido lançar um disco e não o tocar. É isso que estamos a fazer por todo o país, divulgando-o e também ao grupo, pois concerteza que há muita gente que ainda não nos conhece. Mas o nosso trabalho está a ser reconhecido pelo público.

Um dos temas fortes, É Fácil de Entender, cantado em português, estava escondido num outro álbum. Como é que surgiu recuperar esse tema e fazer uma nova versão?
Aconteceu um pouco por aquilo que fizemos com outras canções. Recuperámo-las, demos-lhes novas cores, sons e instrumentos. O Fácil de Entender, como tinha apenas piano e voz, entendemos que valia a pena vesti-lo de maneira diferente. É uma canção que complementa tudo aquilo que nós somos e que era a ideal para dar a cara a este disco. E o disco é mesmo fácil de entender.

Esse foi o segundo tema a ser cantado em português pelos The Gift, no futuro pensam voltar a compor e cantar em português?
Isso depende da inspiração e dos momentos. Mas não fechamos essa porta...

A língua portuguesa é uma barreira para passar fronteiras?
Não, é uma mais valia. Temos consciência que a música portuguesa, sobretudo através do fado, já tem o seu lugar fora de Portugal. Por exemplo, nos Estados Unidos ou na Inglaterra será mais fácil marcar a diferença a cantar em português, pois há muitas bandas a cantar em inglês e nós seríamos apenas mais uma. De qualquer modo, o que interessa é comunicar e a comunicação está para além do idioma e da linguagem. A Mariza, por exemplo, chega a um país qualquer, canta em português e consegue comunicar com as pessoas, mesmo que elas não percebam a nossa língua.

Que tipo de mensagens gosta de passar para o público com as letras dos temas?
Gosto de transmitir alegria, independentemente das músicas serem um pouco mais tristes ou alegres.

Para quando um novo trabalho de originais?
Se tudo correr bem, talvez no final de 2008. Neste momento estamos em tournée e para elaborar um álbum de originais é preciso parar.

Como é que analisa o panorama musical português?
Cada vez mais há boas bandas portuguesas, a vários níveis, desde o pop ao rock e ao novo fado. É preciso por os olhos em Portugal e perceber que estamos muito destacados no que diz respeito à nova geração de música. Os festivais internacionais em que temos participado demonstram isso mesmo. É pena que não consigamos singrar no estrangeiro e que não haja o apoio do Estado, pois a nova geração da música portuguesa também é cultura.

in Ensino Magazine - Julho de 2007

The Gift :: Vilar de Mouros 2007





in revista Rolling da Super Bock

Agradecimento a teikoo pelo envio

NB: O Festival Vilar de Mouros foi cancelado.

The Gift :: Super Bock Super Rock 2007

Sobre o concerto dos The Gift no Super Bock Super Rock 2007 -3 de Julho de 2007

"Seguiram-se os Gift, com mais uma actuação a contribuir para a fama que têm como excelente banda de palco, com as músicas a ganharem corpos diferentes mas reconhecíveis. Não sabemos onde Sónia Tavares vai parar. De cada vez que a vemos está mais segura, mais solta e mais inteligente no uso da voz. E bem humorada: colaram Depeche Mode a uma música e ainda se riram com a colagem. " Silvia Pereira, PUBLICO.PT - 4.07.2007

"O arranque do concerto dos The Gift foi pontuado por uma série de problemas técnicos que limitaram boa parte da manobra dos quatro de Alcobaça. Se a hora (cedo, cedíssimo) a que tocaram levou a alguma desmotivação da parte dos músicos, a verdade é que não foi por actuações como a de ontem que os The Gift estão onde estão – seguros e plenamente firmados no panorama pop/rock nacional. Ontem, foram algo previsíveis e sem chama, em concerto eficaz e pouco mais, que só na recta final ousou realmente levantar. Na retina: a camisola transparente de Sónia Tavares, a gravata de Nuno Gonçalves, e o final de «So Free», ainda e sempre uma das melhores canções da banda." Pedro Figueiredo, DIARIO DIGITAL

"Ainda com o sol a raiar, os Gift – mais habituados a cenários nocturnos – resumiram em 50 minutos uma carreira que já vai entrar para a segunda década. Já perto do final, ousaram colar «Driving You Slow» a «Enjoy The Silence», êxito dos Depeche Mode, mas o regime «best of» fez-se sem misturas, do coro de vozes femininas de «Actress» à folia garrida de «Question of Love». «645» anunciou-se como próximo single de Fácil de Entender e Sónia Tavares incitou, como habitualmente, o público a bater palmas e a saltar. Foi obviamente retribuída." LG - BLITZ.PT

"O arrebatamento refrigerou pouco depois com a sofisticação engolfada em electrónica dos Gift. Todavia, importa referir que a banda de Sónia Tavares - a vocalista continua a ser vestida pelos Story Tailors - acabou por sair do palco debaixo de uma ovação. " Cristiano Pereira. JORNAL DE NOTICIAS -04/07/07

"Já com uma plateia mais composta, subiram ao palco os The Gift. A legião fiel de seguidores, posicionada junto ao palco, foi o coro de Sónia Tavares. A vocalista resistiu aos pedidos da audiência para os acompanhar, respondendo: “Quem está aqui para saltar são vocês.” Nuno Tadeu - CORREIO DA MANHA - 04/07/07

Tuesday, December 04, 2007

The Gift :: Nokia

The Gift no lançamento do Nokia N76

A consagrada banda portuguesa abrilhantou, na passada semana, a festa de lançamento do novo N76, o mais recente equipamento da família Nokia NSeries.

A Nokia acaba de acrescentar um elegante modelo em concha à sua gama Nokia Nseries. Trata-se do Nokia N76, um novo Multimedia Computer com vocação especial para os conteúdos musicais e que, para além disso, oferece todas as experiências habituais da família Nokia Nseries num formato mais elegante, sem comprometer as funcionalidades do equipamento.
“Os modelos Nokia Nseries foram concebidos para oferecerem aos seus utilizadores a possibilidade de desfrutarem de experiências únicas através de um dispositivo móvel. O novo Nokia N76 não foge a esta regra e mostra-se especialmente vocacionado para a gestão dos conteúdos musicais, não abdicando das restantes funcionalidades multimédia que caracterizam a gama Nokia Nseries”, refere Luís Peixe, responsável da área de Multimedia da Nokia Portugal.
O Nokia N76 tem uma queda especial para a música. E esse facto é bastante evidente no pacote de venda disponibilizado no mercado nacional, que contém um cartão de memória com 256 MB, onde podem ser armazenadas centenas de músicas, fotos, vídeos, ou outros conteúdos digitais. Além disso, a memória do Nokia N76 pode ser expandida até 2GB, mediando o uso de um cartão de memória adicional.
Paralelamente, os compradores que adquirirem o Nokia N76 nas lojas The PhoneHouse terão uma surpresa adicional: é que o novo e elegante dispositivo multimédia da Nokia virá acompanhado de três videoclips da consagrada banda portuguesa The Gift, que podem ser apreciados no generoso ecrã do equipamento, com a inestimável colaboração do alta-voz do terminal ou dos auscultadores estéreo, fornecidos de série.
O Nokia N76 está disponível, em exclusivo, nas Lojas Nokia e The PhoneHouse.

in www.electro-imagen.com - 2/07/07

Friday, November 23, 2007

The Gift :: Queima Minho

The Gift: “Os estudantes são um público importantíssimo”

Num concerto memorável e contagiante, tanto para o público como para a banda, os The Gift deram, ontem à noite, provas da sua qualidade musical. Foi ao som de temas de grande sucesso como “Fácil de Entender”, “Music”,” Ok! Do You Want Something Simple?”, que o público fez ouvir a sua voz acompanhando a vocalista, Sónia Tavares.

Todo este sucesso, segundo Nuno Gonçalves, deve-se à entrega total em todos os espectáculos. Não fazendo qualquer distinção nos concertos entre diferentes estilos de públicos.

O próprio afirma ainda que “os estudantes são um público-alvo importantíssimo para uma banda como os The Gift”, visto que, “são pessoas informadas, atentas e movidas musicalmente”.

A internacionalização, os prémios, a identidade só se conseguem com evolução comedida e faseada. Foi neste sentido que os The Gift lançaram, no passado mês de Abril, em Espanha, o álbum “Fácil de Entender” com um alinhamento distinto do das duas edições que constaram no mercado português.

Numa fase em que a banda aspira a uma maior consagração internacional, os The Gift não se cansam de mudar, de se transformar, de esticar os limites da sua própria música para paragens e trilhos que, tanto aproximam o pop mais estruturado, como a electrónica sofisticada.

Desde 1994 que o grupo formado por Sónia Tavares (vocalista), Nuno Gonçalves (teclista), John Gonçalves (teclista e baixista) e Miguel Ribeiro (guitarrista e baixista) se tem afirmado no contexto musical nacional. Símbolo deste êxito, foi a atribuição do Globo de Ouro, em 2007, na categoria de Melhor Grupo com o álbum “Fácil de Entender”, bem como, o prémio MTV European Music Award for Best Portuguese Act, em 2005.

Ana Costa / Elsa Costa
Academia 15.05.2007